19 de jul. de 2014

A DOR É UMA ILUSÃO!?




Um mestre Zen chinês, explicava sobre a dor, ensinando a seus discípulos que no atual estágio evolucionário da humanidade, ela permeia a vida, tanto a dor física pessoal, mental, emocional, espiritual, como a coletiva e, que se intensifica antes da sua inevitável extinção.

Então um discípulo diz: - A dor é uma ilusão, não é nada, é simplesmente um drama.

O mestre que era um homem grande e muito forte, fechou a mão e com bastante força deu um cascudo no discípulo.
O discípulo deu um grito forte de dor: - Aiiiiiiiiiiiiiiiiii ... Doeu... Doeu... Doeu...

Em seu canto, silenciou e foi meditar.
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Este conto Zen, ensina reflexionar sobre a dor do outro. Somente quem passa pelo sofrimento, quem sente a dor pode saber a intensidade a dor... Racionalmente todos sabem, isto não é nada. Mas, a mente, o corpo, as emoções tem memórias arquetípicas e acessam outras dores de um passado longínquo.

Jean Yves Leloup dizia: Ao tocar um corpo lembre-se que neste casulo guarda as memórias de todas dores da alma.

Por isso, se desconhecemos as ancestrais memórias das dores alheias, não devemos vilipendiar de sua dor. E, muitas vezes, um cascudo bem forte, daqueles que desnorteia a cabeça, ensina o que é a dor aos insensíveis.

E Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha, diz muito bem, em sua canção:

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor...

Assim é a vida, assim é a vida...
Cada qual no seu quadrado, cada qual entendendo sua própria dor, e que se intensifica até a sua extinção... O tempo é de cada um individualmente.
Venha lá Sr. Tempo...
Ainda não chegou o Sr. tempo...
O tempo já chegou...
Assim é a vida...

Norma Lúcia Villares

30.03.2014

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