8 de jan. de 2010

O VASO QUEBRADO




Quatro jovens estavam viajando pelo caminho da vida quando se depararam com uma rocha imensa no meio da estrada. Perto dela havia um belo vaso que tinha quebrado. Era óbvio que esse vaso um dia tinha valido uma fortuna, sem contar o seu valor sentimental. Os quatro pararam e olharam para a rocha e para o vaso quebrado.


O primeiro jovem perguntou: "Porquê? Porque Deus deixaria uma coisa dessas acontecer? Talvez seja prova de que não existe Deus nenhum." Essa pessoa começou a pensar em todos os horrores e sofrimento que existiam no mundo e a se perguntar: Por que Deus deixaria uma coisa dessas acontecer, se Ele nos ama de verdade?" Esse jovem deu o passo seguinte na estrada num estado de depressão e desesperança.


O segundo jovem perguntou: "Como? Como uma coisa dessas foi acontecer?
Quem é o respon­sável por isso? Será que a rocha bateu no vaso, ou
foi o vaso que bateu na rocha?"
Essa pessoa refletiu sobre quem estaria causando os problemas de sua vido e quem deveria responsabilizar por todo esse sofrimento e dor. "Se ao menos pudéssemos saber como esse sofrimento acontece - quem ou o que é a causa, então poderíamos nos livrar dele!" Esse jovem deu voltas e voltas em torno do vaso e da rocha num estado de ansiedade crescente.

Dizem que o terceiro jovem tinha "queimado um fumo". Tropeçou no vaso quebrado, cortou-se e desapareceu na floresta negando tudo. Ainda está perdido na floresta.

O quarto jovem inclinou-se sobre o vaso e sobre a rocha, riu um pouco e disse: "Não sei por que uma coisa dessas acontece. E um problema que todos temos. Eu também me pergunto porque Deus deixa essas coisas acontecerem, mas isso é uma coisa que não posso responder hoje. É um mistério para mim. E eu não sei responder como isso acontece. Não estava aqui para saber se foi a rocha que bateu no vaso ou se foi o vaso que bateu na rocha. Tudo o que sei é o que aconteceu. Tudo o que eu sei é que o vaso está quebrado."
Esse jovem inclinou-se com cuidado, pegou os cacos de vidro do vaso quebrado, colocou-os no bolso grande de casaco e continuou a caminhar pela estrada da Enquanto caminhava, o som dos cacos em seu bolso faziam um ruído parecido com o dos sininhos.


Você teria condições de enfrentar os conflitos desse momento perguntando-se o que está acon­tecendo e o que você quer fazer a respeito?

Conse­guiria deixar o "por quê?" fazer parte do mistério que todos partilhamos e continuar aberto para a questão em vez de se deixar paralisar pelo medo e pela ansiedade?

Conseguiria se livrar da necessidade de acusar alguém (inclusive você mesmo!) por todo sofrimento em sua vida agora?

Conseguiria perceber! Que ninguém é culpado pelos seus problemas. Assuma seus erros e pare de culpar os outros pelos seus desatinos.

Conseguiria se concentrar no que precisa ser feito para seguir em frente na estrada de sua vida?


Pense Nisto!

Fonte:
Johnson Tallard Julie. I Ching Para Teens. Editora Ground, traduçao: Dinah Abreu Azevedo, 3ª edição, São Paulo, SP, 2003.

16 comentários:

Viveka disse...

Norma amiga
Este questionamento no final, é muito interessante.

Conseguiria se livrar da necessidade de acusar alguém (inclusive você mesmo!) por todo sofrimento em sua vida agora?

Conseguiria se concentrar no que precisa ser feito para seguir em frente na estrada de sua vida?

Muito bom mesmo.
Beijinhos

angela disse...

Não é facil não, treino faz tempo, as vezes consigo.
beijos

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Norma!
Não sei responder. Situação difícil. Somos seres muito complexos e complicados.
Bjkas!

Norma Villares disse...

Muito bom mesmo Viveka.

Beijinhos

Norma Villares disse...

Angela, são várias possibiliades.
bejinhos

Norma Villares disse...

Sonia Silvino, muito obrigada pela presença.
Os seres humanos tem grandes possibilidades de mudanças interior.
Beijinhos

Anônimo disse...

Não temos as respostas p tudo, ninguém tem, mas podemos confiar, todos podem.
Bjos na alma!

Marcos Takata disse...

Namaste
Norminha amiga,

A Lei da Responsabilidade Pessoal, é uma das leis ensinada pelo guia de Eva Pierrakos. Assuma sua responsabilidade pela sua vida.
Bijussssss

Jorge disse...

Norma, olá!!

Toda indagação, questionamento, é válido, desde que o coração se mantenha tranquilo. De que adianta culpar, julgar, criticar se não buscar fazer algo, como o quarto jovem, que levando os cacos do vaso, ouvia sininhos de gratidão, de emoção. Creio que este jovem compreendeu, de fato.

Norma, anjo bom,
Um ótimo dia e um doce beijo,
Jorge

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Salve o NOVO ANO !
Que ele venha coroado de muita LUZ, de PAZ e de Saúde. E que estejamos juntos por mais um ano.
Que Assim Seja !
Olá, como vai ? Estou aqui para divulgar um pouco da minha cultura, a história de nossos antepassados ( que amo muito e tenho receio que se perca em meio a essa enxurrada de informações que somos acometidos ultimamente) e, para isso, FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... começa o ano contando um pouco sobre esse espetáculo maravilhoso que é a FLOLIA DE REIS ou REISADO, comemorado no dia 6 de janeiro. Aqui eu também coloco as famosas simpatias das Romã, muito utilizada no dia 6 de janeiro para atrair dinheiro. Para quem curte uma simpatia, vale a pena fazer.Venha conferir.
E para quem não conhece o meu espaço, convido a dar uma chegadinha até lá para conhecer o meu cantinho de histórias, o link está logo abaixo.
Que os bons ventos soprem a seu favor neste ano de 2010.
Saudações Florestais !
SIGA-ME em : http://www.silnunesprof.blogspot.com

Unknown disse...

Norminha linda!
Que interessante a historia do vaso... muito boa!
Sabes? Tenho aqui em minha casa, 3 dos 4 exemplos de pessoas que apresentastes neste texto.
O primeiro, meu filho... "Por que? Por que Deus permite que isso possa acontecer?!"
O segundo, meu esposo... "Quem foi? Quem e' o responsavel?"
O quarto, eu... "Nao sei porque esse tipo de coisas acontece, mas assim e' a vida e essas coisas acontecem por algum motivo que nos sera' util em algum momento"... e saio aproveitando o som dos sininhos...
Minha pequena Carmencita tende mais para o tipo do pai, embora ainda seja muito pequena para ter uma ideia propria e fixa a respeito de algo...
Ja' sofri muito e hoje aprendi que tudo tem um motivo pelo qual acontece, pelo qual e' da forma que e'... Meu marido, embora muito boa pessoa, tem uma feia mania de buscar responsaveis (pela sua criacao, principalmente) antes de buscar solucoes... Mas esta aprendendo...
Meu filho... ainda tem muito o que aprender com a vida... esta apenas comecando! :o)
Beijos, flores e muitos sorrisos!
Obrigada por partilhar de tanta beleza!
PS: Casei-me no dia do aniversario de Chico Xavier e nao sabia... dia 02 de abril! (Vi no teu outro post!)
Mais beijos!

Anônimo disse...

Belo texto nos leva a viajens bem longas a dialética do viver...
Um grande abraço e tenha um ótimo fim de semana.
Muito bom texto mesmo!
Valeu a pena.
By

Adelia Ester Maame Zimeo disse...

Norminha, este texto tão bonito leva auma reflexão muito profunda sobre o nosso percurso nesta Vida: nossas atitudes, anseios, responsabilidades, conflitos,etc. Aproveito para lhe dizer que meu comentário do post anterior (Wagner Borges) não entrou. Parabéns pela seleção de músicas! Estas que estou ouvindo neste momento, encantam e serenam a alma. Especialmente:"om manipadme hum" este mantra entoado nesta música me acompanha e ilumina meu caminho espiritual. Grata por estas melodias lindíssimas! Beijo. Meu carinho especial.

busquesantidade disse...

Dá uma olhadinha em meu texto: Senta que lá vem estórias. Ali eu falo sobre o mal que é guardamos os pedacos seja lá do que for, com uma intencao ruim. Estórias do tempo da pedra lascada, contadas por minha santa mae. Mulher simples, da roca, porém muito, mas muito sábia. Abraco fraterno. Lourdes Dias.

busquesantidade disse...

Querida somente agora descobri o Ç em meu teclado, por isso abraco e nao abraço.Rsrsrs...

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Norma querida que delicia ler estas estórias, na minha opinião de um verdadeiro sábio, sabe como é bom ler aquilo que está na cara da gente mas nós teimamos em não ver, como a vida seria mais simples se todos nós fôssemos menos cegos e menos surdos e em muitas ocasiões falássemos menos. È a receita temos mas seguir, na pratica é outra coisa, mas quem sabe um dia chegamos lá. Beijos e saudades, Marcia Maria Luconi