22 de mai. de 2014

Esclarecimento sobre o Espiritismo






Este texto eu recebi  por email,  escrito pelo Sr. Wilson, mas não tinha sobrenome, por isto não coloquei,  a qualquer momento colocarei se aparecer alguém reclamando. Coisas da internet, risos. 

"Somos frequentemente abordados acerca da natureza das práticas espíritas, mais ou menos nestes termos, dentre outros: “_ Se eu for ao Centro Espírita vou ver os espíritos?” “Morro de medo de Centro Espírita, tenho medo dessas “coisas”. “Se eu for ao Centro, receberei mensagem de meu filho morto?” “Seu Centro é de mesa branca ou preta?” E por aí vai. 
 
Muito naturais estes tipos de dúvida. Chegamos a perceber inclusive, um certo preconceito contra os espíritas em alguns segmentos da sociedade. 


Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalística ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando- se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.
Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do "achismo" e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.
Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.
Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja
 
Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

Não existe "Kardecismo" , existe "Espiritismo".
 
O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo", para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.
A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo" , fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo" , verdadeiramente é "Espiritismo" .
Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.
 

Veja quem adota e quem não adota o quê.

Procedimento, prática ou ritual
Umbanda
Catolicismo
Espiritismo
Uso de altares
Sim
Sim
Não
Uso de imagens
Sim
Sim
Não
Uso de velas
Sim
Sim
Não
Uso de incensos e defumações
Sim
Sim
Não
Vestimentas e paramentos especiais
Sim
Sim
Não
Obrigações aos seus praticantes
Sim
Sim
Não
Proibições aos seus praticantes
Sim
Sim
Não
Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos
Sim
Sim
Não
Bebidas alcoólicas em seus cultos
Sim
Sim
Não
Sacerdócio organizado
Sim
Sim
Não
Sacramentos
Sim
Sim
Não
Casamento religioso e batizados
Sim
Sim
Não
Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos
Sim
Sim
Não
Hinos e cantarolas nos cultos
Sim
Sim
Não
Crença na existência de satanás
Sim
Sim
Não




A Doutrina Espírita ou o Espiritismo, conforme reconhece os CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, é o conjunto dos ensinamentos ministrados pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, com bases científicas, filosóficas e de consequências religiosas, devidamente codificadas nas obras por ele publicadas, tais como: 


- O Livro dos Espíritos (18/04/1857);
- O Livro dos Médiuns (1861);
- O Evangelho segundo o Espiritismo (1864);
- O Céu e o Inferno (1865) e
- A Gênese (1868). 

 
O vocábulo ESPIRITISMO, neologismo criado por Allan Kardec, compreende a Doutrina transmitida pelos Espíritos, sendo seus adeptos denominados ESPÍRITAS ou ESPIRITISTA.
O Espiritismo, além da crença em Deus e na imortalidade da alma - base de todas as religiões - difere das demais por fundamentar-se na preexistência da alma, nas vidas sucessivas ou reencarnação, na comunicação dos Espíritos com os homens e na pluralidade dos mundos habitados.
A doutrina dos Espíritos, embora respeite todas as crenças, não tem vínculo algum com cultos de origem africana, fetichismo, outros credos, seitas ou rituais de magismo, pois não resulta de qualquer forma de sincretismo relegioso.
O Espiritismo não é responsável pelo uso indevido da mediunidade para fins ilícitos e comerciais, uma vez que tem como norma, para todas as suas atividades, o "DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTE", recomendado por Jesus.
Longe de negar ou destruir o Evangelho, o Espiritismo confirma, explica e desenvolve tudo quanto Jesus Cristo disse e fez, tornando mais claras certas passagens que pareciam inadimissíveis, bem como reconhece que a vivência de seus ensinamentos é o objetivo a ser atingido pela humanidade.
Só há um Espiritismo, o que foi codificado por Allan Kardec, não existindo, portanto, diferentes ramificações ou categorias, como "alto" ou "baixo Espiritismo" , "Espiritismo de Mesa", "Espiritismo Elevado" ou outras desse gênero. 

O CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, interpretando os postulados da Doutrina dos Espíritos - para qual o verdadeiro culto é o interior - esclarece que no Espiritismo não se adota a prática de atos, uso de objetos e cultos exteriores, tais como:
  1. exorcismo;
  2. sacrifícios de animais e muito menos de seres humanos;
  3. rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza;
  4. paramentos, uniformes ou roupas especiais;
  5. altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;
  6. promessas, despachos, risca-duras de cruzes, pontos ou hábitos materiais oriundos de quaisquer concepções religiosas ou filosóficas;
  7. rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
  8. confecções de horóscopos, exercícios de cartomancia, jogo de búzios ou práticas similares;
  9. administrações de sacramentos como batizados e casamentos, concessões de indulgências, sessões fúnebres ou reuniões especiais para preces particulares a desencarnados;
  10. talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapululários, breves ou quaisquer objetos semelhantes;
  11. pagamentos e ou contribuições de qualquer natureza por benefícios prestados;
  12. atendimentos de interesses materiais para "abrir caminhos";
  13. danças, procissões e atos análogos;
  14. hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;
  15. incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam à prática de rituais;
  16. qualquer bebida alcoólica ou substâncias alucinógenas. 
O CONSELHO ESTADUAL ESPÍRITA da UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, por fim, só reconhece como legítimos Centros Espíritas as instituições que vivenciam a Doutrina Espírita tal como está claramente definido nesta Diretriz. "
 


Saudações!
Abraços sublimes
Norma Lúcia
 


 Fonte:
http://www.gruporamatis.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=216:esclarecimento-sobre-o-espiritismo&catid=63:artigos&Itemid=175

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