4 de mai. de 2011

NÃO É O PERFEITO, MAS O IMPERFEITO QUE PRECISA DE NOSSO AMOR.



Nesse texto enfatizarei a minha jornada pessoal, pois a maior lição que aprendi é que o universal precisa unir-se ao pessoal a fim de se entrelaçarem em nossa vida espiritual. Somos seres humanos e o portal humano para sagrado é o nosso próprio corpo, coração e mente, a nossa história pessoal, os relacionamentos íntimos, as circunstâncias da nossa vida.

"Se não aqui, onde mais poderíamos fazer nascer a compaixãoNegrito, a justiça e a liberação?"


Que mundo é esse que vivemos? Que povo é esse que convivemos?

Eis que os sites do mundo inteiro divulgam a morte de Osama Bin Laden. O terrorista responsável pelo 11 de setembro, a explosão das Torres gêmeas, nos Estados Unidos da América... E o Vaticano divulgou um comunicado, por meio do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, nessa segunda-feira, 02.05.2011 falando sobre essa morte do líder da rede Al Qaeda.


A nota destaca que, como sabemos, Bin Laden "teve a gravíssima responsabilidade de difundir divisão e ódio entre os povos, causando a morte de inúmeras pessoas, e de instrumentalizar as religiões para esse fim".


Porém, "frente à morte de um homem, um cristão não se alegra jamais", destaca a nota. Ele "reflete sobre a grave responsabilidade de cada um diante de Deus e dos homens, e espera e se empenha para que tal situação não seja ocasião para um crescimento posterior do ódio, mas da paz".

Negrito
Caminheiros evolutivos, as informações foram chegando pela TV, as notícias e imagens se acumulando até que eu parei um segundo e orei por aquele ser com muitos equívocos perante a vida, pois suas ações foram abomináveis e, nunca vou validar nenhum ato terrorista. Mas, como ser humano era merecedor do meu pedido devocional, do meu envolvimento oracional e da minha compaixão. Orei ao Pai Divino pedindo compaixão pelos seus erros e que fosse perdoado pelos seus pecados. Eu pedi ao Grande Arquiteto do Universo que dissipassem as manifestações de ódio planetário. Roguei aos missionários da luz que imantassem todo planeta terra com a força da paz, envolvendo todos sofridos com a luz curadora e benevolente do perdão.


Então, percebi que algo estava muito errado e, confesso que fiquei meio atordoada com essas manifestações de alegrias, comemorações carnavalescas com a morte de um ser humano. Na verdade fiquei deveras preocupada com o espetáculo que sua morte se gerou. Em poucos minutos após a confirmação do fato, seres humanos saíram às ruas para comemorar, beber e festejar como se tivessem ganho alguma final de campeonato. Os festejos pelo Twiter generalizaram-se, pessoas de todos os países mandavam mensagens de alegria.

Eis, que eu presenciava mais um derramamento de sangue em uma sociedade doente que festejava, gritando: (...) após tantas lutas, o vilão foi morto pelo mocinho(...). E as manifestações era uma pura apologia ao ódio, e a violência.

Fiquei penalizada com terrível comemoração, parecia povos bárbaros, vivenciando o terror da era medieval. Há muito tempo numa palestra no 'Caminho da Redenção,' o confrade Divaldo Pereira Franco informava que o povo bárbaro havia voltado, os godos, grutungos e visigodos já estariam aqui no planeta para oportunizar sua retificação reencarnatória. A ficha caiu...

Participar desse evento é uma provação. Comemorar a morte de alguém me faz sentir que não estou vivendo no século XXI. Foi uma grande dor ver seres humanos promovendo e celebrando a violência, mesmo sabendo que a sociedade será a única vítima do terror que gera. A história apenas se repete, pois não há o que se comemorar na vingança e ódio... Não há o que se comemorar numa guerra. Ninguém nunca vence a guerra com a guerra, tampouco com o ódio .

Lembrando de alguns princípios para lidar com esses estados que poderiam ser chamado de encontrar um freio contra o ódio, bem ensinava o Buda Sidharta Gautama: Jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio; o que acaba com o ódio é o amor.

E somente com ajuda de um mestre e, partindo de nós mesmos, precisamos de reconhecer esses limites e de ter compaixão para responder sabiamente a situações tão críticas.
Nesse caso, o ser humano ultrapassou as fronteiras da percepção coerente de si mesmo, dentro de um alvoroço excessivo de condenações e julgamentos.

Com certeza, nos assustamos com esses estados de beligerância, mas podemos abrir para percepções conscientes a cerca de julgamentos. Pois, é muito engraçado ver como somos fáceis de julgar, mas não gostamos, nem queremos de ser julgados.

Caminheiros evolutivos! Estamos no meio do furacão vivendo os estertores das dores e ranger de dentes. E, como é difícil julgar! Mas, o melhor mesmo é seguir o conselho do mestre amado Jesus, ' não julgueis'. Simplesmente não julgueis.


Quem nunca vivenciou uma experiência de vulnerabilidade? E como disse Oscar Wilde: Não é perfeito, mas o imperfeito que precisa de nosso amor. Não estou defendendo ninguém, tampouco estou validando atos contrários a paz.
Lembremos, é tempo de transcendência! A compaixão cósmica convoca os seres sensíveis e amorosos desse planeta a manifestar contra a violência, praticando o AHIMSA, a não-violência tão utilizada por Mahatma Gandhi. Conclamamos ao povo de Deus conectados com os venerandos ascencionados missionários da luz, a unir as nossas forças num único cântico em louvor da paz. Juntar energias espiritualizadas com o bem planetário, para orar pelo planeta terra para dissipar o ódio entre os seres humanos. Cantemos a vida! Cantemos a paz! Preparando o arado, a hora é essa.
Abraços Sublimes
Paz Profunda!

Norma Villares

Jaime Vieira Santos Souza



5 comentários:

Mara disse...

Sem a compaixão, tornamos seres com grandes dificuldades. E difícil não julgar nesse caso, porque a energia ruim formou uma egrégora. Vc conseguiu falar por todos nós e vou tentar ver dessa forma rica de amor. Bj

Maroca disse...

Vou fazer a iniciação esse mês. Bj

Clara disse...

Gente, bom demais este texto, è um verdade. Todo mundo jogando energia negativa e ninguém pensando e vibrar positivamente. Vou orar também. Bjss

Anônimo disse...

Cara Norma,

tive os mesmos sentimentos que você nos conta. Comentei que é muito estranho como se comemora a morte nestes tempos. E há algo que eu sempre penso, observando com olhos de ver esse mundo: e a história nos conta que Átila, o huno, é que era bárbaro!
Gostei muito da sua manifestação.
Um abraço,
namastê!!!

Maria Izabel Viegas disse...

Norma querida, fico emocionada quando me deparo com textos como o teu. Já nos é difícil viver um cotidiaano, assim simples, onde somos testados a abandonar os velhos hábitos que trouxemos na bagagem quando aqui encarnamos. Tanto a superar... E o como somos agraciados pela beleza e bondade da espiritualidade superior.
Concordo plenamente com tudo que deste. Quam pode acusar os algozes e quem são as vítimas na História do Mundo? Quantas vezes invertemos estes papéis?
E no hoje não há como se regozijar de atos cruéis, de crimes, nem vinganças. Há que se ter consciência planetária, que transcende tudo que nossos poucos conhecimentos conseguem enxergar.
O povo da Luz espera de nós mais, muito mais.
De um lado sensacionalistas de plantão, sempre a postos para divulgar, aplaudir e bater palmas para as revanches, esquecidos que "se alguém cometeu um crime" que não sejamos nós os criminosos.
Realmente acredito que almas perturbadas aqui estão encarnadas.
E se faz necessário pessoas especiais como tu que sensatamente usam a razão e que conseguem elevar-se ao nível das mensagens de esferas espirituais superiores.
Amada amiga, foste inspirada sim pelos anjos. melhor és um anjo. Moderna, visão plítica e amorosamnete alegre e gentil.
Grata, amiga, por tão belas palavras.
Beijos no teu coração.